Hospitalidade sem sacrifício? O caso do receptivo turístico

Autores

  • Luiz Octávio de Lima Camargo Centro Universitário Senac, Campus Santo Amaro, São Paulo, Brasil

Palavras-chave:

hospitalidade, dom, turismo, receptivo turístico,

Resumo

O presente artigo busca evidenciar as virtualidades do dom que subsistem no sistema comercial, especificamente no receptivo turístico, considerando o turismo como um produto da superposição destes dois sistemas de troca: o comercial e o dom; o primeiro — mais recente e socialmente visível — regido pelas leis escritas do comércio e da defesa do consumidor; o segundo — ancestral e mais difícil de ser alcançado pela observação empírica — pelas leis não-escritas do dom. Nossa observação deve, pois, dirigir-se para o que acontece além da troca combinada, além do valor monetizável de um serviço prestado, para o que as pessoas e os espaços proporcionam além do contrato estabelecido. Muitas comunidades locais vêem os turistas como “invasores” de seu espaço, gerando certa resistência no ato de recebê-los; entretanto, não existe hospitalidade sem sacrifício, mas é primordial compreender a carga turística, não como o volume de visitantes que um ambiente suporta, e, sim, como um espaço e a vida que nele habita, aceitando que planejamento turístico é, na verdade, o planejamento da hospitalidade que um território pode e quer proporcionar.

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Biografia do Autor

Luiz Octávio de Lima Camargo, Centro Universitário Senac, Campus Santo Amaro, São Paulo, Brasil

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Publicado

2006-09-01

Como Citar

Camargo, L. O. de L. (2006). Hospitalidade sem sacrifício? O caso do receptivo turístico. Revista Hospitalidade, 3(2), 11–28. Recuperado de https://revhosp.emnuvens.com.br/hospitalidade/article/view/190