Editorial
Abstract
Neste número, dentro da tradição da revista, busca-se ampliar a compreensão e significações do conceito de hospitalidade como representação humana, tanto no plano socioantropológico como da gestão.
Dessa forma, traz-se como abertura o artigo de Maximiliano Emanuel Korstanje, Un estudio critico sobre el patrimonio turistico: capitalismo vs (des)protección, que proporciona um olhar oblíquo e penetrante sobre a hospitalidade no turismo. Nele o autor discute uma das falsas realidades atribuídas ao fenómeno turístico, segundo a qual, “[...] la patrimonialización y la sustentabilidad ayudarán a las comunidades locales a protegerse de los efectos no deseados del mercado”. Desde de Jost Klippendorf e seu livro, Sociologia do Turismo, que a crítica o mercado capitalista no turismo, que é necessário perceber as realidades regionais do mercado turístico. Maximiliano Emanuel Korstanje mostra esta realidade associada e percepção das mudanças sofridas no proceso de patrimonialização e como tal fato cria um mercado de consumo não discutido de forma crítica e construtiva, no qual a sustentabilidade é um mito.
No artigo de Maria Esther Fernandes, Imagem e olhar em pesquisa: para além do visível, observa-se como a construção da imagem de um local e de suas pessoas, pelo uso do registro fotográfico, pode criar um dado de pesquisa significativo que vai além das interfaces quantitativas da coleta de campo e pode significar o desenvolvimento de uma maior percepção dos homens e os mecanismos simbólicos criados para se identificarem em uma coletividade.
No trabalho de Renata Silva Santos Camargo, Dádiva e hospitalidade na Bíblia, é mostrado a questão da “religião como um instrumento de legitimação da dádiva e da hospitalidade na sociedade contemporânea”, importante elemento para compreender a atual crença religiosa humana.
Na análise proposta por Cynthia Mello Ferrari, O supereu imperativo do gozo nas viagens, discute-se de forma diferenciada o turismo, como fenômeno de consumo, além de seu principal ator: o turista. A autora observa também como o imaginário da viagem é apresentado a este consumidor, e como isto pode ser analisado pela ótica psicanalítica.
Para Marinaldo Fernando Souza, Memória ambiental, cultural e turismo no vale histórico do Rio Paraíba do Sul: design de uma pesquisa, observam-se elementos diferenciados de um turismo de massa ao abordar-se, O Vale Histórico do Rio Paraíba do Sul, interessante modelo de regionalização turística.
Na abordagem analítica de Jaqueline de Fátima Cardoso, Custos e preço de venda: um estudo em restaurantes à la carte, é possível outra visão da pesquisa acadêmica em hospitalidade e turismo ao perceberem-se os mecanismos de gestão de custos de um estabelecimento de restauração.
Para Geraldino Carneiro de Araújo e Laerte Jorge de Miranda Júnior, no artigo, Satisfação dos consumidores que frequentam bares, o estudo da temática de percepção da satisfação dos clientes de bares pode ajudar a criar mecanismos classificatórios para estes estabelecimentos e desta forma dar subsídios materiais para futuros frequentadores destes mesmos estabelecimentos.
O artigo A gastronomia pantaneira na Fazenda Santa Maria e seu entorno (Mato Grosso do Sul/Brasil de Paulo Coelho Machado Neto, Ricardo Frota de Albuquerque Maranhão e Rene Correa do Nascimento discorrem sobre pratos da gastronomia pantaneira cujo peso simbólico de construção de laços sociais e de força identitária possibilitam ao homem do pantanal momentos de comensalidade e de convivialidade
No espaço de resenhas da Revista Hospitalidade, é apresentado o trabalho de Carlo Petrini, “Slow Food: Princípios de uma nova gastronomia”, pela pesquisadora Rebeca Elster Rubim. Rebeca mostra pela análise das ideias de Carlo Petrini, outro lado da gastronomia em oposição ao chamado fast food, na qual a comensalidade é o elemento mais presente nas refeições em grupo.
Airton José Cavenaghi
Luiz Octavio de L. Camargo
Editores da Revista Hospitalidade
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