Editorial
Abstract
Não é cômodo nem fácil escrever sobre um evento no calor dos acontecimentos. Ainda sem tempo para pesquisas mais aprofundadas e adequadas ao espírito acadêmico, é inevitável que se adote um tom jornalístico que o decorrer dos fatos pode corroborar, corrigir ou mesmo invalidar.
Foi com esse estado de espírito que, há dois meses, Laura Canepa e Elizabeth Wada, coordenadoras dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação e em Hospitalidade, respectivamente, propuseram à Revista Hospitalidade a edição de um número especial sobre a febre do momento, o Pokémon-Go.
Desafio aceito, restava saber se conseguiríamos um mínimo de contribuições para se fechar um número especial. A Revista tem por usual a publicação de cada número com doze artigos e os oito obtidos foram considerados suficientes para o número.
O primeiro artigo, de Wada e Camargo, posiciona o tema na perspectiva da hospitalidade, tentando mostrar que o Pokémon-Go, além de relevante para o lazer e para o turismo, temas correlatos ao lazer, também pode ser considerado um formatador de cenas de hospitalidade, ou seja, permite que o visitar-ser visitado, receber-ser recebido seja exercitado em diferentes situações e espaços.
Laura Canepa, a seguir, atenta às formas de Realidade Aumentada, distingue como o Pokémon Go se insere na modalidade de dark tourism, um dos muitos segmentos criados pela necessidade de viajar e descobrir novas culturas, novas práticas e tendências.
Ricardo Uvinha liderou um grupo de alunos da USP conduzindo aquela que é, talvez, a primeira sondagem realizada em São Paulo para averiguar a forma como a brincadeira se insere nas dobras do cotidiano de um determinado grupo da população, no caso da população universitária da EACH-USP.
Luiz Gonzaga Carvalho e Gilberto Guimarães foram verificar de que forma a brincadeira é assimilada pelo comércio em geral, revelando fatos surpreendentes sobre a forma como a ludicidade não mais concorre com a seriedade do comércio; ao contrário, transforma-se em trunfo.
Nossos colegas do Sul, do Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hospitalidade da UCS também se fizeram presentes. Susana Gastal, Iraci de Carli e Micael Gomes exploram o potencial turístico da brincadeira.
Em seguida, Vicente Gosciola, Vanuza Bastos Rodrigues e Sixto Parollo trazem um estudo sobre o game e o espaço público no limiar da hospitalidade.
Finalmente, dois artigos que tangenciam o tema. Cleomar Gomes, especialista em ludicidade na educação da UFMT traz importantes reflexões sobre a importância do brincar para as crianças e Luiz Octávio Camargo se pergunta por que alguns não gostam nem do Pokemon-Go, nem, no limite, do mundo virtual.
Boa leitura!
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