Entre ollas y memorias: silencios, recuerdos y olvidos
DOI:
https://doi.org/10.29147/revhosp.v21.1205Palabras clave:
alimentación, comida, memoria, privación de libertad, silencios y olvidosResumen
El artículo explora los significados de la alimentación en un contexto penitenciario femenino en el interior de Rio Grande do Sul. El texto se centra en las prácticas alimentarias y sus conexiones con la memoria, los silencios y el olvido entre mujeres en situación de privación de libertad. De este modo, tiene como objetivo investigar y comprender la relación entre la alimentación, la memoria y los olvidos manifestados por estas mujeres, buscando identificar lo que la comida comunica en este contexto peculiar. La metodología adoptada incluyó observación participante y entrevistas semiestructuradas con mujeres que trabajan como cocineras en una prisión de Rio Grande do Sul. Los resultados indican que la comida no solo satisface necesidades fisiológicas, sino que también evoca recuerdos y conecta a las internas con el pasado, ofreciendo una forma de lidiar con la nostalgia y el aislamiento. La investigación concluye que el acto de cocinar y comer en el contexto carcelario revela dinámicas emocionales y sociales, manifestando un lenguaje silencioso que comunica identidades y resistencias.
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