Editorial
Resumen
A hospitalidade permite múltiplas leituras e abordagens. Como adjetivo, seu significado se apresenta reduzido ao lado cordial, às manifestações de afeto que cercam a acolhida de pessoas no seio de uma comunidade ou um grupo, festas e rituais de iniciação. É um dado essencialmente cultural fruto das interações simbólicas que ocorrem entre os membros de determinado grupo e desses com membros de outros grupos humanos. Nessas abordagens é comum vincular a idéia de hospitalidade ao gênero feminino. Partindo da mulher, que gera e dá a vida, avança-se na atribuição da hospitalidade ao gênero feminino. Por ser a mulher responsável pela maioria das funções no espaço doméstico, a ela se atribui um papel de destaque na construção da hospitalidade. É preciso considerar, todavia, que, como um adjetivo, a hospitalidade pode qualificar tanto homens quanto mulheres não sendo atributo exclusivo de nenhum gênero em especial.
Antes de adjetivo, a hospitalidade é substantivo abstrato, designa idéias e conceitos que podem estar vinculados a pessoas, a grupos, ou mesmo a coisas, não sendo propriedade de nenhum gênero, sexo, povo, cultura ou país em particular. É nessa perspectiva que podemos entender quando falamos da hospitalidade de lugares, das pessoas, nas organizações e mesmo das políticas públicas. São múltiplas leituras possíveis e campos de saber envolvidos: literatura, sociologia, filosofia, antropologia, teologia, política, e outros mais em diferentes interfaces e implicações que tratam das migrações, da mobilidade, das línguas, das identidades, das partilhas, do acolhimento, do encontro, do viver junto em um mundo real, eventual ou virtual.
O desafio de estudar a hospitalidade implica o entendimento de que o “eu” e o “outro” estão unidos e se definem nos encontros, na convivência, nas relações que se esta belecem entre as pessoas, sendo a base da sociedade. Este número da Revista Hospitalidade expressa essa diversidade de temas e modos de abordagem iniciando com a questão da qualidade de serviço em restaurantes no campo da administração enfatizando a questão das competências, prossegue com uma abordagem do turismo religioso no Rio Grande do Norte, foca a disseminação da hospitalidade pelos meios de comunicação, identifica as normas jurídicas que regulam a responsabilidade civil e sua reparação em ambientes ecológicos no campo do direito e das leis e termina com uma abordagem conceitual do turismo. Ao final, são apresentadas resenhas de livros de interesse dos pesquisadores que atuam no campo.
Prof.ª Dr.ª Ada de Freitas Maneti Dencker
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